O sertão nordestino é um lugar fantástico. Com sua fauna, flora e clima peculiares, frutas diferentes e deliciosas e com um povo que luta todos os dias por uma vida melhor. Contudo, as necessidades do sertão também são muitas.
Essas necessidades impactam diretamente na forma de viver dos sertanejos e, principalmente, na qualidade de vida desse povo.
Neste artigo, queremos listar algumas dessas necessidades e mostrar como você pode ajudar a transformar essa realidade.
Falta de água potável
A falta de água própria para consumo é uma necessidade crônica no sertão. De acordo com o PNAD, o nordeste tinha o menor percentual de domicílios com disponibilidade diária de água em 2018 (69,1%). Os motivos para que isso ocorra são diversos.
Quase todos os anos, a grande seca assola o sertão, fazendo com que a pouca água que o sertanejo tem perto de sua moradia desapareça.
Conforme detalhamento em nosso artigo sobre a seca, ela ocorre por diversas variáveis, desde aspectos naturais, como sua posição geográfica que dificulta a chegada de massa de ar frio e úmido do sul que traz a chuva, como por aspectos políticos, como a indústria da seca, que não apresenta uma solução viável de longo prazo para o problema.
Além disso, um dos grandes problemas da falta de água para os sertanejos é a escassez de rios perenes, ou seja, permanentes, que não somem durante o período da seca. Para se ter uma ideia, apenas o rio São Francisco apresenta essa característica. Todos os demais rios que cortam o sertão, como o Aracaju e o Açu, são intermitentes, ou seja, temporários.
Falta de atendimento médico
Outra das muitas necessidades do sertão é a falta de atendimento médico de qualidade. Muitas vezes, o sertanejo mora a quilômetros de distância do hospital ou unidades de saúde mais próxima.
Como, muitas vezes, o próprio consumo de água imprópria leva a doenças sérias, como diarreia, febre tifoide, infecções intestinais, entre outras, isso se torna um problema grave, podendo atingir toda uma comunidade.
Há poucos insumos de saúde também, como remédios, materiais para cuidar de feridas, equipamentos e máquinas para exames. Isso dificulta muito a prevenção e o cuidado de diversas doenças entre os sertanejos. A demanda reprimida é bastante volumosa e a fila para a realização de exames, extensa.
Fome
De acordo com o POF – Pesquisa de Orçamento Familiar dos anos de 2017-2018, menos da metade dos domicílios do Nordeste (49,7%) tinham acesso pleno e regular aos alimentos.
A fome é um reflexo direto da falta de água. Como grande parte da alimentação do sertanejo vem da agricultura familiar, quando não chove, há pouco ou nenhum alimento para manter a família e a criação.
Além disso, a fome, aliada à falta de atendimento médico adequado, se torna um problema crônico, ampliando o sofrimento de boa parte da população sertaneja.
Como ajudar o sertão?
As necessidades são grandes, históricas e complexas. Por isso, o Instituto Livres atua no sertão lutando por essas causas, buscando transformar a vida dos sertanejos e atendendo suas necessidades.
Para o problema da falta de água potável, temos o programa Mais Água. Através dele, já alcançamos a vida de mais de 12 mil pessoas e já levamos mais de 52 milhões de litros de água para os necessitados. Isso, consequentemente, impacta no bem-estar das comunidades, na redução de doenças causadas pela água de má qualidade e no acesso à dignidade, a um direito básico à saúde e à vida.
Com o Impacto Sertão Livre já realizamos mais de 37 mil atendimentos de saúde e exames e mais de 14 mil medicamentos foram distribuídos gratuitamente para população.
Para combater a fome e a extrema pobreza, já distribuímos, através do programa Missão Social, mais de 4 mil cestas básicas, assistindo a vida de mais de 25 mil pessoas.
O trabalho é enorme e ainda há muito a ser feito.
Você também pode ajudar o sertão.
Torne-se um doador e transforme a vida de milhares no sertão nordestino!